sexta-feira, 23 de junho de 2017

A liquidez nos mercados de trading esportivo: Queda a nível mundial e crescimento no Brasil

Quem trabalha diariamente nos mercados de futebol da Betfair tem percebido que de forma geral houve uma queda na liquidez em relação a anos anteriores, quando os mercados vinham num crescimento notável ano após ano.

O principal fator que explica esse fato é a entrada da Betfair nas  apostas comuns, modalidade chamada de Sportsbook. A empresa tem investido muito na divulgação desta modalidade, e isto é facilmente explicável. Obviamente o trading esportivo (modalidade Exchange) é bem menos rentável à casa, pois sendo ela apenas uma intermediária, ganha uma porcentagem pequena (no Brasil 6,5%) sobre a aposta vencedora. Claro que há ainda as cobranças de taxas premium, para aqueles que ganham com consistência. Essas taxas podem chegar a 60% sobre o ganho semanal, mas incidem sobre pouquíssimos usuários.

Com os investimentos em marketing que o Sportsbook tem recebido, o Exchange foi deixado um pouco de lado. Some-se a isso o fato de o trading ser mais complexo, inicialmente mais difícil de compreender em relação às apostas comuns. Logo, o usuário novato, sobretudo aquele que busca apenas uma recreação, invariavelmente preferirá o que lhe pareça mais simples.

Porém, gostaria de destacar aqui o crescimento dos mercados do futebol brasileiro. Há dois ou três anos, um jogo do Brasileirão Série A dificilmente movimentava mais de 50 mil Euros por partida no seu mercado principal, o de probabilidades. Para se ter uma ideia, atualmente os jogos de domingo, aqueles onde há vários simultâneos, tem movimentado ao menos 200 mil Euros por partida.
E pela primeira vez vi jogos movimentando mais de 1 milhão de Euros. Por coincidência, foram dois jogos do Grêmio, nas duas últimas  segundas-feiras. Um deles chegou a quase 2 milhões.